quinta-feira, 21 de maio de 2015

Histórias e Bicicletas

O objetivo desta postagem é falar sobre um dos melhores álbuns de Rock/Metal que ouvi nos últimos anos.



O título do álbum é "Histórias e Bicicletas (Reflexões, Encontros e Esperança)" (2013), do Oficina G3.

– MAS NÃO GOSTO DE MÚSICA GOSPEL!
– Tudo bem, eu também não sou fã! E olha só, esse álbum não é "tão" gospel. A maioria das letras não fala diretamente das histórias bíblicas - na verdade algumas delas nem mesmo sugerem esse tema!

– MAS NÃO GOSTO DO OFICINA G3!
– Eu também não gostava. Tinha ouvido um pouco o "Indiferença", que, apesar das qualidades, não tinha me agradado muito. Já ouvi também outras músicas que parecem cópia de Dream Theater, que também não agradaram, pela falta de inspiração e enfim por parecer cópia. Mas este aqui é diferente...

Este álbum realmente me surpreendeu, muito acima das expectativas que eu poderia ter, baseado em tudo que já ouvi. Principalmente em termos de habilidade e de sonoridade.

Por que afinal este álbum é tão bom?

Para mim, que sou fã de Dream Theater, Pain of Salvation, Angra, Dr. Sin, Transatlantic, esse álbum foi como encontrar um oásis no meio do deserto.
Das bandas citadas, Pain of Salvation caiu um pouco no meu conceito e deixou de me agradar a partir do Road Salt One.
Com as brasileiras Angra e Dr. Sin a decepção é maior. Os 4 primeiros do Angra (incluso o EP) e do Dr. Sin são excepcionais, muito bons. Mas isso tudo foi há mais de 15 anos atrás.
Nunca mais nenhuma das duas bandas lançou algo que eu gostasse ou que surpreendesse. André Matos tinha saído para o Shaman, que também não me agradou, exceto pelo hit Fairy Tale. Dr. Sin começa a dar sinais de recuperação só agora com o Intactus.
Dream Theater e Transatlantic quase sempre mantêm o alto nível - ainda não ouvi o "auto-intitulado" do DT...
Então, a crise é mais acentuada no cenário brasileiro.
O que avalio é basicamente composição e habilidade.
Em termos de composição acredito que música tem que ser original e cativante. Experimentações e "quebra-cabeças musicais" também são bem-vindos - costumam estar presentes nesses estilos influenciados pelo rock progressivo.

Falando de habilidade, "Histórias e Bicicletas" é um prato cheio, ou melhor, é um banquete.
Os músicos são muito, muito bons, realmente de impressionar demais! Todos participam e contribuem de forma excelente.
Dentre eles, maior destaque para o baterista Alexandre Aposan e o vocalista Mauro Henrique.

Baterista - Alexandre Aposan: O que esse cara toca e o que ele colocou nesse álbum é maravilhoso. Técnica e criatividade unidas com excelência. A exemplo dele e de Ricardo Confessori (Angra), entre outros, me parece que bateristas brasileiros tem um algo a mais, quando juntam peso com o ritmo brasileiro, conferindo muito mais sensibilidade e dinâmica na forma de tocar. Além disso Alexandre Aposan nos traz uma bateria muito moderna, tornando a música desse álbum num metal bastante moderno.

Vocalista - Mauro Henrique: O que esse cara canta é absurdo, assim como seu timbre de voz. Provavelmente estaria na minha lista dos 5 melhores do Metal. É tipo uma mistura de Chris Cornell (Audioslave) com Daniel Gildenlow (Pain of Salvation). Ou seja, muita potência vocal, muita versatilidade, muita sensibilidade musical e muita inspiração traduzida em canto. Você percebe que é um cara que tem um elevado domínio da arte musical como um todo (não só do canto).

Aliás, sensibilidade musical é patente em todos os músicos.
As linhas de baixo são bem inteligentes - muito mais do que meros acompanhamentos. Os teclados com seus belos timbres e belas melodias são hipnotizantes. O guitarrista Juninho Afram é criativo e virtuose, ao estilo de mestres como Kiko Loureiro e Eduardo Ardanuy.

No tocante à composição, o álbum nos traz riffs, linhas instrumentais e vozes combinadas de forma original, marcante e muito moderna. Digo 'moderna' no sentido de que traz uma sensação de frescor e de evolução musicais, sobretudo em relação ao gênero Metal.

Além do cuidado e do esmero na composição e na execução, também são louváveis o cuidado e o esmero na sonoridade desse álbum. A qualidade sonora é extraordinária!
Enfim, tudo nesse álbum está muito acima da média.
Destaque para as faixas: "Diz", "Água Viva" e "Encontro".
"Diz", a faixa inicial, é a que mais chama a atenção. Facilmente convence qualquer fã de metal. Em relação ao restante do álbum, esta é um pouco menos orientada a melodia, e um pouco mais orientada a riff e peso. Pesada e destruidora. É talvez a melhor faixa.
"Água Viva" e "Encontro" já são mais melódicas (melodias marcantes), sendo a primeira mais pesada e a segunda mais leve, embora não lenta.
Em termos de complexidade musical pode-se destacar também "Não ser", com tempos mais difíceis de entender (ou decifrar).
Acho que o único "hino de louvor" é "Aos Pés da Cruz", que, diga-se de passagem, é também uma bela faixa!
Como eu disse no início, a maioria das letras não fala diretamente sobre a "Palavra de Deus". Ao invés disso, muitas falam sobre temas relacionados à condição humana e à turbulência do dia-a-dia, para então acrescentar alguma referência bíblica. Mas isso é feito de forma moderada, longe de ser algo apelativo. Eles não tem pretensão alguma de te evangelizar!
Em termos musicais, o único ponto negativo fica por conta de "Save Me From Myself". Música fraca e sem graça.
Mas as demais são todas boas.

Faixas:

1 . Diz
2 . Água Viva
3 . Encontro
4 . Confiar
5 . Não Ser
6 . Compartilhar
7 . Descanso
8 . Aos Pés da Cruz
9 . Sou Eu
10 . Lágrimas
11 . Save Me From My Self

Mais informações referentes ao processo de criação e gravação de "Histórias e Bicicletas" em http://www.oficinag3.art.br/discografia/?album=452 (Vou transcrever o conteúdo abaixo porque lá está difícil de enxergar).
Além disso, para minha grata surpresa (mais uma!), descobri que existe o DVD "Histórias e Bicicletas - O Filme" (ainda não vi), onde "o grupo registrou praticamente tudo que acontecia nos bastidores e ainda vários musicais".

Histórias e Bicicletas (fonte: http://www.oficinag3.art.br/discografia/?album=452)

A espera foi longa: cinco anos sem lançar um álbum com músicas inéditas. Mas uma das principais características da banda Oficina G3 é a imprevisibilidade. Não repete fórmula, se reinventa e, claro, surpreende. Portanto,  toda expectativa gerada por HISTÓRIAS & BICICLETAS (Reflexões, Encontros e Esperança), que acaba de chegar às lojas pela MK Music, não é exagero. A banda, que ganhou um Grammy Latino com o trabalho anterior (Depois da Guerra), assina a produção musical e foi para Londres (Inglaterra) gravar o CD, que ficou entre os mais vendidos no iTunes na semana de estreia.

Juninho Afram, Duca Tambasco, Jean Carllos, Mauro Henrique e Alexandre Aposan (devidamente oficializado) trabalham com inspiração, experiências e tempo - em seu amplo sentido. Quando dão início a um novo projeto preparam por meses e com requintes de detalhes em todas as etapas - das letras a execução, tudo com muita pesquisa e critério. Quem acompanha o Oficina G3 sabe que não é lugar-comum dizer que HISTÓRIAS & BICICLETAS é o retrato sonoro de experiências vivenciadas pelo grupo traduzidas em versos.

A pré-produção de HISTÓRIAS & BICICLETAS (o sexto pela MK Music) foi feita no Brasil, consumiu meses de ensaio até a gravação no Rak Studios, em Londres - local onde artistas como Paul McCartney, Radiohead, Muse, The Smiths, Simply Red e Adele já gravaram. E conta com a produção musical 100% da própria banda. "Esta é a grande novidade. Por isso está tão especial. Não melhor que os outros álbuns já lançados, mas diferente", atesta Jean Carllos, tecladista. "O CD ficou bem orgânico. Mistura nossa fé com o bom e velho rock and roll", garante Juninho Afram.

A primeira música de trabalho é a balada (nem por isso com menos vigor) "Confiar", que repercutiu no universo virtual antes mesmo da sua execução em rádios. A canção retrata as dificuldades e, acima de tudo, a superação que todos nós passamos ou ainda iremos passar. Mas sempre com a confiança em Deus", frisou o vocalista Mauro Henrique. No repertório, 11 faixas, incluindo a regravação do clássico pop \'Aos Pés da Cruz\', de Kleber Lucas, e \'Save Me from Myself\'.

HISTÓRIAS & BICICLETAS ratifica o Oficina G3 como uma das mais importantes bandas de rock do país. Que, por sua qualidade e identidade, reúne admirados fora do segmento gospel. A banda já foi premiada com Discos de Ouro pelos CDs: Som Gospel, O Tempo, Elektracustika, Além do Que os Olhos Podem Ver, Humanos e Depois da Guerra - que conquistou em 2009 o Grammy Latino na categoria "Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa. E DVD de Ouro com O Tempo e Depois da Guerra. Ah, sim... De onde vêm as bicicletas do título? De Londres: afinal, foi o meio de transporte adotado pelo G3 durante a gravação. E entre uma pedalada e outra... Reflexões, Encontros e Esperança.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Descontos automáticos para clientes Santander nas maiores lojas online do Brasil


Uma dica muito simples e muito valiosa para quem tem cartão de crédito ou débito Santander.
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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Outro Problema ao instalar o Módulo de Proteção do Santander no Chrome...

Há alguns meses postei sobre o problema ao instalar no Chrome o Módulo de Proteção do Santander. Aquele é um problema que ocorre quando você possui mais de uma máquina virtual Java instalada, e aí você possui a versão necessária, mas o Chrome encontra apenas a versão mais antiga.

Mas recentemente me deparei com um outro problema, que talvez seja o mais comum.

Simplesmente o seguinte. No momento da instalação, ao clicar no botão "Executar Módulo de Proteção", APARENTEMENTE não acontece nada. O que você deve fazer é: simplesmente esperar. No meu caso - e testei em 2 PCs - levou cerca de 5 minutos! Até que enfim aparece a mensagem: "O Módulo de Proteção foi instalado corretamente.".

Tem mais. Após clicar no OK desta mensagem, aguarde carregar a tela de Login. Após aparecer a tela de login, É NECESSÁRIO ESPERAR APARECER A FIGURA QUE CONFIRMA A PRESENÇA DO MÓDULO DE PROTEÇÃO!
Módulo de proteção instalado

E isso (o aparecimento da imagem) também pode levar cerca de 5 minutos!

Caso você não espere a imagem acima aparecer, não será possível fazer operações como: Pagamentos, Transferências, entre outras.
Todavia, operações como consulta de saldo e extrato funcionam mesmo se o login for feito antes do aparecimento da imagem. Até porque tais operações funcionam mesmo sem a instalação do Módulo.

Observe que esse problema de demora não ocorre sempre - muito pelo contrário, ainda bem. Mas eu o presenciei 2 vezes (em máquinas diferentes) no mesmo dia, e a velocidade da internet (outros sites) estava normal

Se isso resolveu o seu problema, não deixe de clicar na opção "resolveu meu problema" no final deste post. Se não, confira se o primeiro post pode te ajudar.

sábado, 25 de junho de 2011

Problema para instalar o Módulo de Proteção do Santander no Chrome

Ao tentar instalar o módulo de proteção do Santander no Chrome, passei pela seguinte situação. Eu era redirecionado para a página de instalação do Java. E, embora eu confirmasse que já tenho a versão mais atual do Java clicando no link Tenho o Java?, toda vez acontecia a mesma coisa.

Depois de algumas horas, descobri que trata-se de um problema do Chrome com o uso do script de instalação do Java, conforme expliquei em meu post anterior (em inglês).

O problema ocorre se você tiver mais de uma versão de JRE (máquina virtual do Java) instalada em seu PC.

Solução
A solução para usuários do Chrome é deletar ou desinstalar as versões antigas do Java, seguindo estas instruções. Afinal, conforme o próprio site do Java, "É altamente recomendável que os usuários removam do sistema todas as versões anteriores do Java."

UPDATE (09/01/2012): confira um "Outro Problema ao instalar o Módulo de Proteção do Santander no Chrome".

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Chrome bug with Java Deployment Toolkit Script

When trying to install a Java plugin for the Chrome browser, it redirects to the Java Download Page. And though you can see you have the required Java version by testing it thru the Java version verification page, it keeps redirecting to the Java Download Page.

It happened to me when I tried to install a Brazilian bank website's security module in Chrome version 12.0.742.100.

The problem occurs when the getJREs() method of the Java Deployment Toolkit Script is called. The script is available at http://java.com/js/deployJava.js. The problem is that If you have more than one JRE installed on your Windows OS (mine is XP), instead of giving all your versions, it gives just one of your versions (repeated by the number of versions you got indeed).

At least in my pc, which has 2 versions, 1.4.1_02 and 1.6.0_26, getJREs() returns an array with 2 strings, but both are “1.4.1_02”. Both JREs are installed under C:\Program Files\Java (in fact my path is “C:\Arquivos de programas\Java” since it’s the Portuguese translation). Their folder names are “j2re1.4.1_02” and “jre”, respectively. My JAVA_HOME environment variable points to the newer version.
Internet Explorer 8 and Firefox 4.0.1 returns correctly both versions “1.4.1_02” and “1.6.0_26” strings.

I don't know if this bug has already been documented. In fact I’m not totally sure it’s a Chrome bug, but it seems to be, since IE and Firefox work fine with it.

All I could find is that the bug is related to the object embedded by a <embed hidden="true" id="deployJavaPlugin" type="application/java-deployment-toolkit"></embed> tag which is added to the HTML document by the script code, to be retrieved later with document.getElementById for its specific usage.

Test
You can test it with my getJREs Test page.

Quick Solution for Chrome Users
You probably don’t need the older versions of Java. In fact according to Java website they "highly recommend users remove all older versions of Java from your system." (read more here). So just delete them, or follow these instructions.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Carnival of Souls

Quero falar sobre um interessante porém desconhecido álbum de rock.

Antes disso, vamos ver o seguinte: você gosta de Kiss?

Se a sua resposta for NÃO, calma... Quem descobriu o Kiss depois de 1996 geralmente tem essa visão negativa mesmo, de 4 caras vestidos de super-heróis que só querem ganhar dinheiro.
Mas a verdade é que, apesar do visual chamativo, o sucesso do quarteto se deve muito mais ao seu lado musical. O Kiss é uma daquelas bandas que se destacam pela facilidade em compor melodias bem interessantes, simples e que cativam na primeira ouvida. Um pouco como era com os Beatles. Enfim, a música sempre brotou com criatividade no Kiss.
E aliás, para quem não sabe, durante 13 anos a banda se apresentou sem aquelas maquiagens, que voltaram a ser usadas a partir de 1997.

Pois vou falar sobre um álbum do Kiss, chamado Carnival of Souls. Gravado em 1996, é o último álbum sem maquiagem e com Bruce Kulick (guitarra) e Eric Singer (bateria). É também um dos mais diferentes e menos comerciais da carreira da banda, pois os outros contém canções mais simples e com uma sonoridade mais convencional.
Em Carnival of Souls o Kiss apresenta um lado mais pesado e cru - mas sem deixar de lado a melodia -, e também mais técnico, com músicas com "tempos quebrados", talvez influenciados por Dream Theater - por mais incrível que isso possa parecer. Além disso as guitarras estão numa afinação mais baixa, dando um tom bem mais grave.

Você vai ver que as músicas contêm elementos como:
  • riffs de guitarra pesados e muito bem sacados, meio como no Rage Against The Machine;
  • levadas de bateria muito competentes, com uma pegada firme e uma sensibilidade comparável a de bateristas como John Bonham, do Led Zeppelin;
Basta ouvir a primeira faixa, Hate.



Se você se assustou com a voz de Gene Simmons, tente Rain. Nervosa também, esta é cantada por Paul Stanley, e possui alguns compassos com "tempos quebrados".



Master & Slave
tem um riff bem legal, alterna trechos calmos com trechos mais barulhentos, e tem alguns compassos em 5/4.



I Will Be There é uma bela canção acústica. Também conta com a mesma afinação baixa das outras faixas, mas desta vez nos violões, com belos dedilhados.



Após estas, vale a pena conferir ao menos Jungle, In The Mirror (mais animada, e também com alguns compassos em 5/4) e Childhood's End.
Observe também como It Never Goes Away soa um pouco como se fosse alguma (boa) música do Black Sabbath pós-Ozzy.

Em alguns momentos nota-se em Carnival of Souls uma sonoridade até crua demais, como se não tivesse se investido muito em sua produção. A própria capa do cd é muito simples, muito crua.
O Kiss experimentou nesse álbum idéias e estilos que vão além do que fazia antes, decepcionando alguns fãs, mas aumentando a admiração de outros, como eu :-)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Hello World

Esta é a minha primeira postagem de blog.

Eu realmente não conheço esse mundo dos blogs, não tenho idéia de como explorá-lo, nem do que vou ganhar com isso, nem das possibilidades.

Acho que tenho uma boa habilidade para me comunicar por escrito, e gostaria de compartilhar algumas idéias com as pessoas.

Talvez eu poste alguns vídeos legais com comentários, e comentários sobre inovações e sobre coisas extraordinárias do mundo.

Tudo pode acontecer - ou nada...